sábado, 3 de junho de 2017

IMPLANTES AUDITIVOS DE CONDUÇÃO ÓSSEA

Os implantes auditivos e os aparelhos auditivos são indicados para pessoas que possuem algum nível de perda auditiva. Como são inúmeros os problemas que causam a perda auditiva também são inúmeros os tipos de tratamentos. Muitos dos tratamentos são terapêuticos, outros podem ser tratados com o uso de aparelhos auditivos e em alguns casos é necessário uma intervenção diferenciada, pois a perda auditiva é tão especifica que um aparelho auditivo tem pouca ou nenhuma efetividade no tratamento, logo o uso de um implante auditivo é a única solução para este paciente. O implante coclear, como é conhecido, é um tipo de dispositivo medico capaz de substituir partes do ouvido que não são funcionais ou que não existam devido a alguma má formação congênita. Seu uso é feito através de um procedimento cirúrgico, diferentemente do aparelho auditivo que é um acessório removível. Existem diversos tipos de implantes a disposição no mercado e seu uso somente é feito por um médico especialista.
Um dos modelos disponíveis de implante auditivo é capaz de transmitir ondas sonoras através do nosso crânio, fazendo o osso temporal vibrar para estimular a audição, ele é chamado de implante ativo de condução óssea. Para entendermos melhor seu funcionamento é necessário conhecer o funcionamento e anatomia do nosso ouvido.
A anatomia do ouvido humano compreende em ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno, sendo o ouvido externo composto pelo pavilhão e pelo canal auditivo, uma parte cartilaginosa e outra óssea respectivamente, sendo a parte óssea o meato acústico externo. Já o ouvido médio é composto pela membrana timpânica e pelos menores ossos do corpo humano, o martelo,a bigorna e o estribo. Já o ouvido interno é composto pela cóclea, um tubo ósseo em forma de espiral preenchido por um líquido e repleto de células ciliadas, pelo sistema vestibular que é o local onde estão localizadas as células que controlam o nosso equilíbrio, e por último pelo nervo auditivo, que é responsável por enviar os sinais geradas na cóclea para o cérebro.



Fonte: <http://www.acustikaauditiva.com.br/sobre-a-audicao.php>



Como nossa audição funciona? O som chega através do pavilhão e é direcionado para canal auditivo, depois de passar por este canal ele atinge uma fina membrana que é capaz de ressoar, a membrana timpânica transmite essa vibração para os três ossículos da orelha média. Esses pequenos ossos tem a função de ampliar a potência dessas vibrações, logo após serem ampliadas, as vibrações alcançam a cóclea, dentro dela as ondas sonoras estimulam as células ciliadas, que por sua vez transformam esses estímulos sonoros em sinais elétricos e os retransmitem para o nervo auditivo que tem o papel de conduz os sinais para o cérebro finalizando todo o processo de audição.
Muitos podem ser os fatores que causam a perda auditiva, desde problemas congênitos até danos por exposição excessiva ao barulho. Abaixo veremos quais são os tipos e níveis de perda auditiva.
A perda auditiva pode ser divida em 5 níveis, que vão de perda leve, perda moderada , perda moderadamente severa, perda severa e perda profunda. Além disso ela também é classificada em 4 tipos, dependendo da região afetada pela perda, e elas são:

Perda auditiva sensorioneural
É a mais comum é a perda auditiva é e resultado da falta ou dano na cóclea.

Perda auditiva Condutiva
É a perda total ou parcial da capacidade do ouvido de conduzir o som para o ouvido interno e externo. Normalmente é causada por obstrução do conduto auditivo por excesso de cera, mas pode ter outras causas, bem como as más formações congênitas.

Perda auditiva mista
É a combinação das perdas sensorioneural e condutiva.

Perda neural
Ocorre quando ha ausência ou dano no nervo auditivo e é profunda ou permanente. Aparelhos auditivos ou implantes cocleares não fazem efeito sobre esta perda, por isso para seu tratamento é necessário utilizar outras técnicas médicas.

Os implantes de condução óssea são indicados para pessoas que não conseguem receber a transmissão natural do som para o ouvido interno, pelo fato desta passagem estar bloqueada. Um dos fatores que podem levar a tal deformidade é a anotia, uma má formação congênita caracterizada pela falta total ou parcial do canal auditivo e ou pavilhão auditivo. Este implante possui um dispositivo vibratório na sua extremidade que é inserido cirurgicamente no osso temporal, esta peça produz vibrações que são conduzidas diretamente para o cóclea, consequentemente ele não necessita do conduto auditivo e daqueles ossículos para propagar o som.
Para funcionar ele conta com uma tecnologia de ultima geração, que consiste em um processador de áudio e o implante de condução óssea. O processador é um sistema inteligente que capta o som e tem a capacidade de ajustar seus microfones para identificar e minimizar os ruídos do ambiente, além de reconhecer a direção do som e ajustar o volume para um melhor entendimento do usuário. O processador transmite as informações para o implante que tem a capacidade de imitar as ondas sonoras do som fazendo com que o restante do órgão auditivo faça seu trabalho. Outro fator importante e interessante é o fato do implante ser inserido por baixo da pele do crânio, portanto ele se torna muito discreto melhorando também a autoestima do usuário.

Uso didático das informações

Durante o estudo da anatomia é possível mostrar este material para ilustrar o funcionamento do órgão da audição e qual a participação dele no sistema sensorial do corpo humano.
O assunto também pode ser utilizado no ensino médio para discussões em sala de aula de como o avanço da tecnologia tem ajudado a melhorar a qualidade de vida das pessoas que tem algum tipo de deficiência física, fazendo os educandos interagirem afim de melhorar o processo de construção intelectual dos mesmos.

Disponível em: <http://www.medel.com/br/bonebridge/%3E. Acesso em: 03 jun. 2017.

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