A hemodiálise está indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica graves. A indicação de iniciar esse tratamento é feita pelo médico especialista em doenças dos rins (o nefrologista), que avalia o seu organismo através de: consulta médica, investigando os seus sintomas e examinando o seu corpo; dosagem de ureia e creatinina no sangue; dosagem de potássio no sangue; dosagem de ácidos no sangue; quantidade de urina produzida durante um dia e uma noite (urina de 24 horas); cálculo da porcentagem de funcionamento dos rins (nível de creatinina e uréia); avaliação de anemia (hemograma, dosagem de ferro, saturação de ferro e ferritina) e presença de doença óssea.
Através da consulta é possível começar o tratamento com remédios que podem controlar os sintomas e estabilizar a doença. Em casos em que os remédios não são suficientes e a doença progride, pode ser necessário iniciar a hemodiálise.
O número de vezes que deve ser feita a hemodiálise depende da gravidade da insuficiência renal, mas em geral para que seja possível eliminar todas as toxinas do organismo, a frequência varia de 2 a 4 sessões por semana e cada sessão tem em média a duração de 4 horas.
Este tratamento no caso de insuficiência renal crônica tem de ser mantido para o resto da vida, exceto em casos de substituição renal por transplante. No entanto, existem alguns casos, como na insuficiência renal aguda por consumo elevado de remédios por exemplo, em que os rins deixam de funcionar apenas por alguns dias, voltando a funcionar.
Assim, para fazer hemodiálise é necessário a realização de uma pequena cirurgia no braço onde o médico coloca uma agulha para unir uma artéria e uma veia, fazendo uma fistula para aumentar a pressão do sangue e o diâmetro dos vaso com a intenção de tornar a veia mais grossa e resistente, para que as punções com as agulhas de hemodiálise possam ocorrer sem complicações. A cirurgia é feita por um cirurgião vascular e com anestesia local. O ideal é que a fístula seja feita de preferência 2 a 3 meses antes de se começar a fazer hemodiálise.
Quando é urgente realizar hemodiálise e a cirurgia para colocar a fistula ainda não foi agendada no hospital, coloca-se um cateter em uma veia grande no pescoço, tórax ou virilha, que depois é retirada.
Os rins não são apenas meros filtros de sangue, eles exercem várias outras funções no organismo como: controle de água corporal, controle no nível de sais minerais, controle dos ácidos (pH) no organismo, controle da pressão arterial, síntese de hormônios que estimulam a produção do sangue e controle da saúde dos ossos através da produção de vitamina D. Então seguir as recomendações de alimentação elaborada por especialistas é fundamental para o sucesso do tratamento.
O paciente que faz hemodiálise pode trabalhar, praticar esportes e viajar, porém no dia do tratamento é possível que o paciente se sinta mais cansado e precise de descansar por mais tempo.
APLICAÇÃO DIDÁTICA: Esse assunto pode ser abordado em uma aula sobre o sistema excretor, também numa aula sobre sistema circulatório, mostrando a importância dos rins, contrastando com o quanto o seu não funcionamento afeta a vida.
Disponível em: <https://www.tuasaude.com/hemodialise/>> Acesso em: 8 de nov. de 2017.
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